Regiões continuam avançando nas fases de retomada da economia; aulas presenciais não retornam em agosto

3 de agosto de 2020 - 11:59

Fhilipe Augusto – Texto
José Wagner – Fotos


Ao lado do prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, o governador Camilo Santana garantiu que, mesmo com a retomada das aulas presenciais, as unidades de ensino terão que continuar com a opção de aulas virtuais para aqueles que optarem por continuar com o aprendizado de forma remota

Pelas redes sociais, o governador Camilo Santana anunciou os novos avanços das macrorregiões do Estado no Plano de Retomada Responsável das Atividades Econômicas e Comportamentais. Baseado na sequência de bons números dos indicadores sanitários e epidemiológicos, o Ceará continua avançando nesse processo, porém, algumas atividades que possuem maior risco seguem sem permissão para retornar neste momento, como é o caso das aulas presenciais. Ao lado do prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, o chefe do Executivo estadual destacou que “durante todo o mês de agosto faremos reuniões para definir protocolos e como será o monitoramento desse retorno”. Os eventos que geram aglomerações seguem sem data para sua retomada, atendendo ao que aconselha o Comitê Científico.

Roberto Cláudio explicou o que deverá ser debatido para finalizar esse processo de retomada das aulas presenciais. “Na reunião do Comitê Científico foram levantadas preocupações objetivas, que é a gente ter uma maior padronização de protocolo. Uma segunda questão fundamental é a gente ter capacidade de monitorar. Eventualmente se alguma criança ou trabalhador positivar para o Covid-19, que a gente tenha capacidade de acompanhar todos os contatos dessa pessoa e agir rapidamente para prevenir a ocorrência de algum pico dentro da escola”, detalhou o prefeito.

Mesmo em caso de permissão para o retorno das aulas presenciais, Camilo Santana enfatizou que as instituições de ensino terão que dar a opção de conteúdo virtual. “Já é uma decisão do Comitê que em uma previsão de retorno em setembro, caso se mantenha todos os indicadores epidemiológicos, esse retorno também se dará opcional, mantendo a garantia de que os pais e alunos terão a continuidade do atendimento remoto por conta das unidades escolares ou universitárias”, destacou.

Avanço de fase

Com o novo decreto estadual, a cidade de Fortaleza segue na Fase 4, sendo que cinemas e bares ainda não têm permissão de funcionamento. Os municípios da Macrorregião de Fortaleza avançam para a Fase 4, já os das macrorregiões do Sertão Central e Litoral Leste/Jaguaribe continuam na Fase 2. A Macrorregião Norte segue para a Fase 2, assim como a do Cariri sai da fase de transição e vai para a Fase 1.

Para o governador, o Ceará segue avançando graças aos bons números epidemiológicos e sanitários registrados relacionados à pandemia do novo coronavírus. “Todos os indicadores em todas as regiões têm melhorado a cada semana – redução de casos e óbitos, diminuição da taxa de letalidade e de positividade dos testes. Várias regiões avançam de fase nesse momento por conta dessa melhoria. Tem diminuído a demanda de assistência em relação à Covid-10 no Ceará. Isso é muito importante”, comemorou Camilo, lembrando que o Ceará já está chegando a quase meio milhão de testes realizados e com potencial para aumentar ainda mais em virtude do laboratório da Fiocruz que passa a funcionar esse mês no Estado.

Sobre os dados na Capital, Roberto Cláudio credita à parceria entre Estado e Município. “A gente está entrando na 12ª semana consecutiva de queda de casos e óbitos em Fortaleza. Isso não aconteceu por acaso. Aconteceu pela prioridade absoluta que Governo e Prefeitura deram à preservação e proteção à vida”, comentou.

Precaução

Mesmo com as boas notícias que vêm surgindo, ambos seguem pedindo para que a população continue adotando as medidas necessárias para se prevenir de uma possível contaminação. “Há sempre uma preocupação nossa de precaução em relação a essa pandemia. Nós não queremos nenhum retrocesso”, afirmou Camilo.

O prefeito de Fortaleza lembrou que “a pandemia não acabou. Até que haja a disponibilidade comercial em larga escala de uma vacina para o mundo inteiro ou que a imunidade da população eleve o suficiente para que não haja mais transmissão comunitária, nós vamos ter que continuar convivendo com o risco do vírus”.