Estimulação precoce ajuda no desenvolvimento de crianças com Down

21 de março de 2017 - 14:50

Nesta terça-feira, 21 de março, celebra-se o Dia Internacional da Síndrome de Down. Ao contrário do que muitos pensam, não se trata de uma doença, mas de uma condição genética que, em vez de possuir 46 cromossomos, a célula conta com 47. No Hospital Infantil Albert Sabin (Hias), do Governo do Ceará, dezenas de crianças com Down são atendidas todos os anos e acabam contagiando a todos com alegria.

“Eu estou muito feliz com ele, é uma alegria. Eu digo sempre que ele é uma benção na minha vida e na minha família”, diz Luciete Lima de Sousa, a mãe do pequeno Matheus, que tem Síndrome de Down e é paciente do Albert Sabin desde o nascimento. “No início, a gente tem aquela surpresa, mas a partir do momento que a gente vai convivendo com a criança a gente vê que não precisa ter medo. E é um amor tão forte!”, declara a mãe sobre descobrir a condição do filho.

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Matheus tem apenas 11 meses e, segundo Luciete, apesar de algumas limitações, tem aprendido cada vez mais com o passar do tempo. “Ele é uma criança feliz, como todas as outras”, ressalta. Como paciente do Hias, ele tem sessões semanais de fisioterapia, terapia ocupacional e fonoaudiologia. “Este é um trabalho de estimulação precoce para o desenvolvimento neuropsicomotor. Trabalhamos a parte cognitiva, motora, funcional, a socialização”, explica a terapeuta ocupacional Liana, que integra o Núcleo de Orientação e Estimulação ao Lactente (Noel), do Albert Sabin.

Estimulação precoce

Desde 1999, o Noel acolhe todas as crianças que deixam o internamento no Hospital Infantil Albert Sabin, mas que ainda precisam do estímulo precoce para se desenvolver, incluindo aqueles com Síndrome de Down. Atualmente, 147 são atendidas no Núcleo.

Para iniciar o processo, o paciente passa primeiro por uma avaliação, para saber quais são suas necessidades. Somente após esta avaliação é definida a reabilitação. O núcleo conta com mais de 17 profissionais, entre eles, neuropediatra, pediatra, enfermeiro, auxiliar de enfermagem, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos e fisioterapeutas.

Policlínicas

O atendimento no Núcleo de Estimulação Precoce nas policlínicas regionais do Governo do Ceará é feito por uma equipe formada por fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, fonoaudióloga e psicóloga. Com atendimento especializado nas 19 policlínicas regionais, as crianças com distúrbios neuropsicomotores como microcefalia, paralisia cerebral, síndrome de Down e bebês prematuros são acolhidas e tratadas na própria região.

Para receber o atendimento na policlínica, o paciente precisa ser encaminhado pelo posto de saúde do município ou transferido de uma outra unidade de saúde. Ao chegar na policlínica regional, a criança é atendida pela equipe multidisciplinar do Núcleo de Estimulação Precoce.

A criação dos Núcleos de Estimulação Precoce nas policlínicas regionais do Estado foi articulada pela primeira-dama do Ceará, Onélia Leite Santana. A iniciativa é uma parceria do Governo do Ceará, do Núcleo de Tratamento e Estimulação Precoce (Nutep), programa de extensão da Universidade Federal do Ceará (UFC), e dos municípios.

Síndrome de Down

A síndrome de Down afeta um a cada mil nascidos vivos ao redor do globo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, estima-se que um bebê chegue ao mundo com essa síndrome a cada 600 e 800 nascimentos, de acordo com o Ministério da Saúde. A condição genética que ocasiona a síndrome faz com que a criança com Down tenha características específicas, como os olhos amendoados e a língua protusa, que fica para fora. Eles podem ter seu desenvolvimento físico e intelectual comprometido, mas com estímulo, interação e amor, eles são capazes de crescer normalmente.

21.03.2017

Assessora de Comunicação do Hias
Diana Vasconcelos
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