Policlínicas têm especialistas para cuidar da saúde dos homens

4 de novembro de 2015 - 11:52

Policlínicas têm especialistas para cuidar da saúde dos homens

Eixo primordial da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem, o acesso desse segmento da população às ações e serviços de saúde foi ampliado na rede pública do Ceará, com a nova rede de assistência construída pelo governo do Estado. Antes restrita ao Hospital Geral de Fortaleza (HGF), Hospital Geral Dr. César Cals (HGCC) e ao Hospital Dr. Waldemar Alcântara, a atenção especializada à saúde do homem hoje é garantida também nas 19 policlínicas regionais. Juntas, até agosto deste ano realizaram 50.180 consultas de urologistas com médicos especialistas a partir de 2010. Todas elas realizam exame de ultrassonografia e as duas policlínicas mais próximas de Fortaleza, em Caucaia e Pacajus, e a policlínica em Sobral, fazem também a biópsia de próstata guiada por ultassonografia.. Em 2014, a estimativa era de ocorrência de 2.350 novos casos de câncer de próstata no Ceará. O número de óbitos nos últimos anos variou de 605 em 2012 para 622 em 2013 e 638 no ano passado. No próximo dia 10, às 9 horas, profissionais da policlínica regional em Caucaia farão uma roda de conversa, com pacientes homens, para informar sobre a saúde deles.

Diferente do Outubro Rosa, quando as mulheres são estimuladas a realizar a mamografia para detecção do câncer de mama, no Novembro Azul o Ministério da Saúde não recomenda a realização de campanhas para detecção de câncer de próstata em homens adultos. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a detecção precoce de um câncer compreende duas diferentes estratégias: uma destinada ao diagnóstico em pessoas que apresentam sinais iniciais da doença (diagnóstico precoce) e outra voltada para pessoas sem nenhum sintoma e aparentemente saudáveis (rastreamento). Por existirem evidências científicas de boa qualidade de que o rastreamento do câncer de próstata produz mais dano do que benefício, o Instituto Nacional de Câncer (INCA) mantém a recomendação de que não se organizem programas de rastreamento para o câncer da próstata e que homens que demandam espontaneamente a realização de exames de rastreamento sejam informados pelos médicos sobre os riscos e provável ausência de benefícios associados a esta prática.

Para o controle do câncer de próstata, a recomendação é capacitação dos profissionais de saúde tanto para orientar a população quanto para providenciar o diagnóstico e o tratamento com agilidade e qualidade, e a organização da assistência para garantir acesso aos homens com sinais e sintomas urinários na atenção primária de forma que o processo de investigação diagnóstica seja iniciado o mais breve possível. Além disso, é essencial assegurar a referência para unidades secundárias para confirmação diagnóstica dos casos suspeitos identificados na atenção primária. A recomendação do Ministério da Saúde é que essas ações aconteçam durante todo o ano. Nos casos suspeitos, após exame clínico é indicada a ultrassonografia pélvica. O resultado da ultrassonografia, por sua vez, poderá mostrar a necessidade de biópsia prostática transretal. O diagnóstico de certeza do câncer é feito pelo estudo histopatológico do tecido obtido pela biópsia da próstata.

No Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens (atrás apenas do câncer de pele não-melanoma). Em valores absolutos, é o sexto tipo mais comum no mundo e o mais prevalente em homens, representando cerca de 10% do total de cânceres. Sua taxa de incidência é cerca de seis vezes maior nos países desenvolvidos em comparação aos países em desenvolvimento. Alguns desses tumores podem crescer de forma rápida, espalhando-se para outros órgãos e podendo levar à morte. A grande maioria, porém, cresce de forma tão lenta (leva cerca de 15 anos para atingir 1 cm³) que não chega a dar sinais durante a vida e nem a ameaçar a saúde do homem. As evidências científicas atuais apontam que o balanço entre riscos e benefícios do rastreamento com PSA, associado ou não ao toque retal, é desfavorável. Isso porque ambas as estratégias apresentam mais riscos do que possíveis benefícios no rastreamento. No meio científico ainda há dúvida se o rastreamento é capaz de trazer algum benefício para os homens e, caso traga algum benefício, seria pequeno quando comparado aos malefícios encontrados.

Em sua fase inicial, o câncer da próstata tem evolução silenciosa. Muitos pacientes não apresentam nenhum sintoma ou, quando apresentam, são semelhantes aos do crescimento benigno da próstata (dificuldade de urinar, necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou a noite). Na fase avançada, pode provocar dor óssea, sintomas urinários ou, quando mais grave, infecção generalizada ou insuficiência renal. O principal fator de risco para a doença é a idade. O câncer de próstata é considerado um câncer da terceira idade, já que cerca de três quartos dos casos ocorrem a partir dos 65 anos. A idade é um fator de risco importante para o câncer de próstata, uma vez que tanto a incidência como a mortalidade aumentam significativamente após os 50 anos.

A maioria dos tumores cresce de forma tão lenta que não chega a dar sinais durante a vida e nem a ameaçar a saúde do homem. O risco também é maior entre homens que tenham história familiar de câncer de próstata, especialmente quando os casos ocorrem antes dos 60 anos. Já está comprovado que uma dieta rica em frutas, verduras, legumes, grãos e cereais integrais, e com menos gordura, principalmente as de origem animal, ajuda a diminuir o risco de câncer, como também de outras doenças crônicas não-transmissíveis. Nesse sentido, outros hábitos saudáveis também são recomendados, como fazer, no mínimo, 30 minutos diários de atividade física, manter o peso adequado à altura, diminuir o consumo de álcool e não fumar.

Veja a nota técnica sobre Câncer de Próstata – Novembro Azul – 2015 do Ministério da Saúde/Inca

03.11.2015

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