Mulheres devem ter mais cuidados com doenças cardiovasculares

16 de março de 2015 - 18:12

As mulheres têm duas vezes mais chances de morrer de infarto do miocárdio do que os homens. Com base nessa informação e para que vivam mais e melhor, a Sociedade Brasileira de Cardiologia no Ceará (SBC/Ce) chama a atenção das mulheres para a prática de hábitos de vida saudáveis e para a importância de incorporar ao autocuidado as medidas de prevenção cardiovascular. Entre os fatores de risco para as doenças cardiovasculares, estão a hereditariedade, idade e gênero (masculino ou feminino), que não podem ser modificados. Já para a prevenção das doenças do coração, é fundamental atacar os fatores de risco modificáveis, entre eles tabagismo, colesterol alterado, hipertensão arterial, inatividade inclusifísica ou sedentarismo, sobrepeso ou obesidade, elevada circunferência abdominal, diabetes e alimentação inadequada.

Na Cartilha da Mulher, elaborada pela SBC nacional e disponibilizada no site, www.cardiol.br, está destacado que as mulheres devem ter com as doenças cardiovasculares os mesmos cuidados que têm na prevenção do câncer de mama e do colo do útero. Ao longo dos anos as mulheres estão se cuidando e prevenindo mais o câncer de mama e de colo de útero. A maior parte das mulheres ainda desconhece o impacto negativo da doença cardiovascular no sexo feminino. Além disso, elas também têm dificuldade na mudança de alguns hábitos fundamentais para evitar fatores de risco.

No Ceará, as mulheres estão à frente dos homens na maioria dos fatores de risco para as doenças cardiovasculares, conforme a Pesquisa Nacional de Saúde 2013, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada no ano passado. De acordo com a pesquisa, 21,1% das mulheres cearenses têm diagnóstico médico de hipertensão enquanto entre os homens o percentual é de 16,1%; 12,9% delas têm colesterol alto e, eles, 7,3%; entre as mulheres cearenses 6,1% têm diabetes e, entre os homens, 3,6%. Além desses indicadores, 48,6% das mulheres maiores de 18 anos são insuficientemente ativas, ante 34% dos homens, e 5% delas substituem pelo menos uma das refeições por sanduíches, salgados ou pizzas, hábito de 2,4% dos homens. Entre os maiores de 18 anos que fumam cigarro, 20,2% são homens e 12,9% mulheres.

A pressão alta é o principal fator de risco para as doenças cardiovasculares. Cerca de 80% das pessoas que sofrem derrame são hipertensas e entre 40% e 60% dos pacientes com infarto apresentam hipertensão associada. Para o controle da hipertensão, é necessário praticar atividades físicas todos os dias, manter o peso ideal, reduzir ou até eliminar o consumo de álcool, abandonar o cigarro e adotar alimentação saudável: pouco sal, sem frituras e mais frutas, verduras e legumes. A maioria das pessoas com hipertensão não apresenta nenhum sintoma no início da doença. Por isso, é chamada de doença silenciosa. A única forma de saber se a pressão está alta é verificando regularmente. Pessoas com excesso de peso, que não têm alimentação saudável, ingerem muito sal, não fazem atividades físicas, consomem muita bebida alcoólica, são diabéticas ou têm familiares hipertensos correm maior risco de serem hipertensas.

A Secretaria da Saúde do Estado mantém programas que ajudam os interessados a adotar hábitos de vida saudáveis. No Centro Integrado de Diabetes e Hipertensão (CIDH), que fica na Rua Silva Paulet, 2406, os cerca de 300 pacientes que são atendidos diariamente na unidade, participam das rodas de conversa com os profissionais, que orientam sobre alimentação saudável, a importância dos exercícios físicos e os cuidados com a saúde.

O Programa de Controle do Tabagismo atende a população no Hospital de Messejana Dr. Carlos Alberto Studart Gomes (HM) e no Centro de Saúde Meireles. No Hospital de Messejana o programa foi criado em 2002 e já ajudou mais de 1,2 mil fumantes a abandonarem o vício. Tanto no HM quanto no Centro de Saúde do Meireles, fumantes são acompanhados por equipes multiprofissionais, formadas por médicos, psicólogos, assistentes sociais, enfermeiras, nutricionistas. No interior do Estado, as 19 policlínicas regionais, que foram construídas pelo governo do Estado, oferecem consultas de cardiologia e realizam exames preventivos do coração, como ecocardiografia, ergometria e eletrocardiograma.

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